A noite já vai a meio e eu já bebi meia garrafa de Whisky Escocês, como já ouvi dizer: o melhor do mundo, pelo menos para mim consegue sê-lo. Nele consigo afogar as mágoas dos infortúnios da vida e, por momentos, esqueço-me de tudo: problemas, desilusões e das pessoas. Foi um refúgio que arranjei desde há uns tempos para cá: passo as noites entre livros e rascunhos na companhia do meu querido Whisky. Só ele me consegue compreender e confesso que nos meus momentos lúcidos não me orgulho destas longas noites que acabam na minha tão doce cama. Esta consegue ser a minha melhor amiga no final de uma longa noite em que o álcool sustém as minhas veias. Qualquer dia, já sei, entro em coma alcoólico e acabo numa cama de hospital, pois não dou ouvidos a quem se preocupa, mas eu já estou destinada aos hospitais; afinal, a minha vida será passada neles, portanto se algum dia aparecer lá num estado não muito bem definido, sentir-me-ei em casa. Sim, porque só encontro a minha casa quando o cansaço já não me permite ingerir mais bebida ou no fim de um longo do turno no hospital. Por vezes, chego a recordar os dias em que ainda não tinha descoberto o meu amigo e lembro-me do meu sorriso inocente no fim de uma piada dita por um amigo de longa data. Chego a ter saudades desses momentos, mas hoje a idade já pesa e não posso sequer voltar a esses tempos. E no outro dia, dei por mim a meio da noite, já tendo ingerido um quarto de álcool, a chorar por quem tinha partido por mea culpa e senti-me impotente e desolada, porque consigo ser tão fria no momento e passados longos tempos do sucedido é que os sentimentos vêm à deriva. Não me aconselho a ninguém. E agora, que já bebi mais um golo, vou-me deitar que o cansaço já pesa.
3 comentários:
eu também não x)
adorei :)
sem duvida querida *
obrigada bonequinha!
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