No silêncio do coração III

Fred,

peço perdão pelo que irei proferir a seguir mas considero que assim terá de ser. não penses que te deixei de amar, muito pelo contrário, a distância alimenta o amor sem explicação científica para tal e se eu conseguisse explicar isto que o meu coração sente então descrever-te-ia. tenho de deixar que partas por muito que não queiras, que seja contra a tua vontade, é o melhor para mim, é o melhor para ti, o melhor para os dois. eu não aguento ver o teu estado de ansiedade por poder estar ao pé de mim e eu não me aguento de saudades. mas por assim ser, é que devemos seguir caminhos opostos a partir deste momento. não é justo que o nosso amor morra, eu própria admito isso, mas também não é justo que ambos estejamos a sofrer com a distância de os nossos lábios não se poderem tocar, de os nossos corpos não se poderem unir num só. e tu bem sabes como eu sou racional nestas situações. custa-me deixar partir-te e custa ainda mais afirmar ao meu coração que é o melhor para ele, mesmo ele continuando a proferir o teu nome. tenho muitas saudades tuas, não o posso negar, mas quero que sejas feliz ao lado de alguém que esteja presente em todos os momentos, em todas as tuas vitórias e conquistas, nas derrotas e nas tristezas. tu mereces este mundo e o outro e por isso, não quero que te entristeças com esta decisão por minha parte. não consigo expressar o que sinto por ti, porque considero que não existem palavras para tal. nunca te esqueças que és a parte que me completa, a parte que faz de mim uma mulher feliz e realizada, mas o importante, nunca te esqueças do quanto te amei. se algum dia nos voltarmos a encontrar, então foi mão do destino, porque eu acredito nessas coisas sabias? até lá, promete-me que vais ser feliz sem o meu amor, sem os meus beijos, sem as minhas palavras porque é o meu desejo - seres feliz. e até lá, espero que consigas encontrar alguém que te mereça, porque és especial e eu acabei de te libertar.

com amor, até um dia