Don't You Remember

há certos momentos, como numa simples viagem de transportes públicos, que fazemos como curtas-metragens do que sentimos e revivemos como se o estivéssemos a viver. tantas vezes consideramos que interiormente os sentimentos que julgamos passado estão realmente onde pertencem, e no presente estaremos a sentir outros diferentes e nos questionamos sobre a capacidade que temos de sentir. nos dias que correm, considero que seja difícil nos expressarmos pela banalidade dos sentimentos, das palavras e de simples afectos. por segundos, deixamos de ter aquela paciência que outrora teríamos para comunicar com aquele alguém que nos era especial, deixamos de lutar pelo que quer que seja, mesmo sabendo que essa pessoa não correrá atrás, porque assim tem de ser. hoje em dia, a confiança está em cima da mesa, sendo de tal forma questionada que já ninguém consegue acreditar no que o outro sente ou pode não sentir. creio que foram os tempos, as pessoas e as mentalidades que assim o permitiram. com muita pena minha, as pessoas já não sabem sentir; dizem que sentem só para ser bonito. mas os sentimentos não têm de ser bonitos, mas sim sentidos e vividos.

1 comentário:

jo disse...

se não nos servirmos das palavras, dos actos, dos afectos, da confiança... o que nos resta?

<3