Houve um tempo em que pensei deixar o que sentia por ti ir com o vento, como eu andava nessa altura, guiada pelo vento. Mas não deixei, porque havia qualquer coisa que me deixava ligada a ti, acorrentada até e não me deixava sequer seguir sem esses sentimentos que me prendiam. Nesse instante, deixei que o que me ligava a ti permanecesse e foi aí que nos aproximamos demais a meu ver e eu continuava com medo que me largasses, mesmo já eu sabendo que não devia sentir o que sentia desde outros tempos em que eramos cúmplices nas palavras. Mas tal como nesse tempo, houve uma altura em que essa cumplicidade desapareceu e agora que ela também já não existe vou deixar que o que sinto por ti se vá, de vez. Não é saudável para um coração ter alguém que nos deu tanto, que nos fez sentir em casa e que nos deixe quando menos esperamos. Mas é assim as leis do destino. Quem sabe, o que me prendeu a ti desde o inicio, se tenha apagado. Ficam as recordações do que poderia ter sido e não foi, do que se viveu e do que se queria viver.

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