No silêncio do coração II


Para o meu Fred:


recordo-me dos dias em que percorríamos as ruas da nossa aldeia natal, de mão dada como se o amanhã não existisse. costumávamos parar junto a um arvoredo já velho e contemplávamos a vista muito abraçados. de quando em vez, roubavas-me um beijo e eu corria para que viesses atrás de mim para me agarrar e me abraçar com esses teus braços calorentos. oh, como tenho saudades destes momentos, dos sorrisos e do brilho dos olhos que encontrava no teu sincero olhar. adorava os teus beijos, nunca te disse, pois não? apesar de alguns serem repenicados, eram dados com todo o carinho que sentias por mim e como eu adorava aconchegar-me ao teu peito para sentir o bater do teu coração a cada respiração tua. lembro-me, também, quando atiravas pedrinhas à janela como se fosse um sinal da tua presença e eu corria para que pudesse alcançar o teu abraço e perder-me no teu ser. mas hoje não te tenho aqui e restam apenas estas lembranças para que um dia mais tarde, quem sabe, quando voltares, revivamos todos estes momentos sem haver amanhã.
com amor

8 comentários:

jo disse...

já to disse, mas repito : está lindo. gostava de uma dia ver-te a escrever assim mas por algo real. quem sabe se esse dia não chega quando menos esperas.

gostiii , muito <3

Pensando com a Arte disse...

obrigada pelo comentario, beijinhos,
pensando com arte. **

eliana disse...

estou a seguir (:

Marisa Ventura disse...

é mesmo querida, mesmo!*

mariana disse...

muito bonito. todos nos identificamos com essas saudades, sobretudo quando ficou algo por dizer ou fazer...saudades do que aconteceu e do que não aconteceu.

Maria Inês disse...

obrigada, linda :)
adorei o teu! está lindo, como sempre*

B. disse...

lindo, lindo, lindo! <3

L' disse...

As memórias. Memórias que tanto nos adoçam o coração, memórias que tanto nos atormentam e magoam. By the way, são elas que nos mantêm vivos e nos fazem sentir as pedras do percurso.